quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Porquê as Lâmpadas Incandescentes não existem mais???

A Lâmpada Incandescente é assim chamada por causa da ação de incandescer um filamento (fio normalmente de tungstênio) que é responsável pela produção de luz. Mas essa ação (de produzir a luz) é cerca de 5% da energia elétrica consumida, pois os outros 95% que são transformados em calor, é perdida. Por esse motivo é que a União Européia aboliu a partir de 2012 a produção e comercialização deste tipo de lâmpada. No Brasil foi feito um plano de eliminação (sim, você leu direito, foi feito um plano) a partir de 2012 até meados de 2016 onde todas as lâmpadas incandescentes foram definitivamente abolidas.
 

A medida que essas lâmpadas foram saindo do mercado, simultaneamente era possível encontrar as lâmpadas fluorescentes compactas. Isso porque as lâmpadas fluorescentes tubulares (aquelas que necessitam de um reator para funcionar) já existiam a muito tempo mas ainda com pouca penetração no mercado doméstico (até porque não eram assim tão bonitas esteticamente).


As lâmpadas fluorescentes compactas foram criadas usando a mesma rosca das lâmpadas incandescentes, facilitando assim a sua popularização e adoção. A tecnologia empregada nas lâmpadas fluorescentes, permite que o consumo de energia elétrica seja melhor aproveitado para produzir luz e há pouca perda da energia. Essa relação de uso e fornecimento é que se dá o nome de eficiência energética, ou seja, o quanto um aparelho é eficiente basta saber a razão entre a energia utilizada pela energia fornecida.

A quantidade de luz num ambiente é medida em LUX. Cada lâmpada possui uma graduação de intensidade de luz, que tecnicamente é chamado de fluxo luminoso e esse é medido em lúmens.
Então um quarto com 20m² que tenha um luminária com 3 lâmpadas de 11 watts cada (cada uma emite 700 lumens), temos:

3 x 700 lm / 20m² = 2.100 lm / 20m² = 105 lux

Na recomendação da ABNT, um quarto deve ter no MÍNIMO 50 lux, portanto as 3 lâmpadas estariam pelo cálculo, superdimensionado. É claro que gosto é algo que não se discute. Eu particularmente gosto de ambientes claros, apesar que a literatura diz que no dormitório a iluminação deve ser difusa pois ajuda a acalmar. Por isso que há lâmpadas ditas amarelas e lâmpadas claras (luz dia). As amarelas são usadas justamente para deixar os ambientes mais aconchegantes.

Também é possível medir a quantidade de lúmens necessárias para um ambiente. Bastando fazer uma regra de 3. Veja o exemplo a seguir:

X lm / 20m² = 50 lux
X lm = 20m² x 50 lux
X lm = 1.000 lúmens

Portando para o quarto de 20m² conseguir chegar a 50 lux são necessários 1.000 lúmens, que pode ser obtido com as 2 lâmpadas de 11 watts (que segundo o exemplo cada possui 700 lúmens). Vai chegar em 1.400 lúmens, mas não tanto se fosse com 3 lâmpadas.

Agora para completar o post e permitir a comparação, uma lâmpada incandescente de 60 watts produz por volta de 14 lúmens por watt, ou seja, 840 lúmens numa lâmpada de 60 watts incandescente. Isso reforça que a troca da tecnologia também trouxe um ganho econômico a médio prazo, pois é necessário menos energia para alimentar uma lâmpada fluorescente compacta e obter a mesma quantidade de luz. Num outro post irei comentar mais sobre os tipo de lâmpadas.

Abaixo a lista dos ambientes de uma residência e a quantidade mínima em LUX.
Por hoje é só e até a próxima!
William Toyama

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