quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Lâmpadas, lâmpadas e mais ..... lâmpadas!!!

Hoje resolvi escrever um pouco sobre os tipos de lâmpadas, contando um pouco sobre algumas curiosidades e aplicações, vantagens e desvantagens. Esse post não tem o intuito de esgotar este assunto, já que há muito mais particularidades do que caberia aqui sem ficar tão chata a leitura. 

Vapor de mercúrio
As lâmpadas são chamadas de vapor de mercúrio porque justamente usam o mercúrio em sua composição. Foi uma das primeiras lâmpadas usadas para substituir as lâmpadas incandescentes na iluminação pública. Como eles operam numa alta temperatura, tem que ser instalados em soquetes de porcelana e o uso de um reator é obrigatório mas não precisam de um ignitor. Isso faz com que a lâmpada leve alguns minutos para atingir sua capacidade de luminância. Produz uma luz intensa branco-azulada. Muito usado na iluminação pública (mas sendo substituída pelas de vapor de sódio), pátios e iluminação industrial e comercial em geral.
Mistas
Assim chamadas por usarem o que há de melhor nas incandescentes e de vapor de mercúrio. Podem ser usadas diretamente nos soquetes sem a necessidade de um reator. Usado amplamente em instalações industriais e comerciais, tem uma boa capacidade de luminância, porém uma baixa eficiência energética. Porém traz o conforto visual pela coloração branco-azulada como as de vapor de mercúrio.
Vapor de sódio
Assim chamadas porque usam o vapor de sódio para produzir a luz. Muito comum no uso de iluminação pública, barracões industriais e fachadas de prédios. Existem dois tipos: as de baixa pressão e os de alta pressão. Destaque para o baixo consumo de energia, alta durabilidade e alto poder de iluminação. As de baixa pressão mantém o fluxo luminoso constante durante toda a vida útil porém ele aumenta o consumo de energia a medida que se aproxima do seu fim de uso. Já as de alta pressão perdem sua iluminação gradativamente a medida que chega o seu fim de vida, mas mantém constante o consumo de energia. Uma característica comum nas lâmpadas de alta pressão, é que ao chegar ao sem fim de vida útil, ela se apaga e reacende, apesar que há reatores que identificam essa flutuação e desligam a corrente, evitando o apaga e acende.
As de baixa pressão, quando ligadas produzem uma tênue luz avermelhada mas a medida que o sódio é aquecido ele muda para uma coloração amarelada.
As de alta pressão, quando ligadas produzem uma cor roseada seguida por uma suave coloração alaranjada.
Essas cores são em decorrência dos gases usados em sua composição.
Vapor metálico
Muito usado em vitrines mas principalmente a sua aplicação são em estádios, ginásios, fachadas, monumentos e praças. Apresenta um alto brilho de iluminação muito superior às fluorescentes. Ela é um versão melhorada das lâmpadas de mercúrio. Além do mercúrio ela usa iodetos metálicos, daí o nome de vapor metálico. Ela produz uma iluminação para as melhores condições de reprodução de cores. Nas primeiras versões a descarga elétrica acontecia num tubo de quartzo e atualmente o tudo foi substituído por cerâmica, resultando numa durabilidade muito maior, mas eficientes e com a reprodução de cores superior.
 
LED
LED, uma palavra que é comum cada vez mais no nosso dia a dia. Porém o primeiro LED vermelho capaz de emitir luz foi inventado em 1962 por Nick Holonyak (há relatos que a primeira descrição do LED remontam desde 1907) mas a sua aplicação era voltada para sinalizar. Usado até nos dias atuais para sinalizar que um aparelho está ligado (ou não) e também naqueles rádios que possuíam aquelas luzes verdes e vermelhas que a medida que o som aumentava essas luzes acendiam. O LED é uma sigla, que significa Light Emitting Diode, ou em bom português, Diodo Emissor de Luz. Diodo porque o componente eletrônico usado é justamente o diodo, um semicondutor.
 

A lâmpada LED branca começou a ser comercializada a partir de 1995 e desde então a busca por uma eficiência energética (descrito no post anterior) é cada vez maior. Há uma gama grande de lâmpadas LED que são facilmente encontradas para proporcionar o maior conforto, seja em sua residência ou comércio. Lâmpadas dimerizáveis, ou seja, lâmpadas que permitem regular a intensidade da luz, através de um equipamento com um botão seletor da intensidade. Lâmpadas difusas, caso seja necessário clarear algo, porém não como uma luz direta. Lâmpadas coloridas, lâmpadas clara (luz dia), lâmpadas amarelas (idealmente para quartos). São muitas as aplicações e com muita economia, durabilidade e eficiência energética.

Por hoje é isto, até a próxima!
William Toyama

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Porquê as Lâmpadas Incandescentes não existem mais???

A Lâmpada Incandescente é assim chamada por causa da ação de incandescer um filamento (fio normalmente de tungstênio) que é responsável pela produção de luz. Mas essa ação (de produzir a luz) é cerca de 5% da energia elétrica consumida, pois os outros 95% que são transformados em calor, é perdida. Por esse motivo é que a União Européia aboliu a partir de 2012 a produção e comercialização deste tipo de lâmpada. No Brasil foi feito um plano de eliminação (sim, você leu direito, foi feito um plano) a partir de 2012 até meados de 2016 onde todas as lâmpadas incandescentes foram definitivamente abolidas.
 

A medida que essas lâmpadas foram saindo do mercado, simultaneamente era possível encontrar as lâmpadas fluorescentes compactas. Isso porque as lâmpadas fluorescentes tubulares (aquelas que necessitam de um reator para funcionar) já existiam a muito tempo mas ainda com pouca penetração no mercado doméstico (até porque não eram assim tão bonitas esteticamente).


As lâmpadas fluorescentes compactas foram criadas usando a mesma rosca das lâmpadas incandescentes, facilitando assim a sua popularização e adoção. A tecnologia empregada nas lâmpadas fluorescentes, permite que o consumo de energia elétrica seja melhor aproveitado para produzir luz e há pouca perda da energia. Essa relação de uso e fornecimento é que se dá o nome de eficiência energética, ou seja, o quanto um aparelho é eficiente basta saber a razão entre a energia utilizada pela energia fornecida.

A quantidade de luz num ambiente é medida em LUX. Cada lâmpada possui uma graduação de intensidade de luz, que tecnicamente é chamado de fluxo luminoso e esse é medido em lúmens.
Então um quarto com 20m² que tenha um luminária com 3 lâmpadas de 11 watts cada (cada uma emite 700 lumens), temos:

3 x 700 lm / 20m² = 2.100 lm / 20m² = 105 lux

Na recomendação da ABNT, um quarto deve ter no MÍNIMO 50 lux, portanto as 3 lâmpadas estariam pelo cálculo, superdimensionado. É claro que gosto é algo que não se discute. Eu particularmente gosto de ambientes claros, apesar que a literatura diz que no dormitório a iluminação deve ser difusa pois ajuda a acalmar. Por isso que há lâmpadas ditas amarelas e lâmpadas claras (luz dia). As amarelas são usadas justamente para deixar os ambientes mais aconchegantes.

Também é possível medir a quantidade de lúmens necessárias para um ambiente. Bastando fazer uma regra de 3. Veja o exemplo a seguir:

X lm / 20m² = 50 lux
X lm = 20m² x 50 lux
X lm = 1.000 lúmens

Portando para o quarto de 20m² conseguir chegar a 50 lux são necessários 1.000 lúmens, que pode ser obtido com as 2 lâmpadas de 11 watts (que segundo o exemplo cada possui 700 lúmens). Vai chegar em 1.400 lúmens, mas não tanto se fosse com 3 lâmpadas.

Agora para completar o post e permitir a comparação, uma lâmpada incandescente de 60 watts produz por volta de 14 lúmens por watt, ou seja, 840 lúmens numa lâmpada de 60 watts incandescente. Isso reforça que a troca da tecnologia também trouxe um ganho econômico a médio prazo, pois é necessário menos energia para alimentar uma lâmpada fluorescente compacta e obter a mesma quantidade de luz. Num outro post irei comentar mais sobre os tipo de lâmpadas.

Abaixo a lista dos ambientes de uma residência e a quantidade mínima em LUX.
Por hoje é só e até a próxima!
William Toyama